sábado, 13 de junho de 2009

Pequi, ame-o ou deixe-o

O nome tem origem tupi (py=espinho e ki=fruto) ou seja, fruto cheio de espinho. Ele é popularmente conhecido como pequi, mas também pode ser chamado de piqui, pequiá, pequerim, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo ou suari. Seu nome científico é Caryocar brasiliense Camb. Esse fruto alaranjado de cheiro marcante é presença garatida na culinária do cerrado. O arroz com pequi é um dos principais pratos da culinária goiâna e o licor de pequi também é destaque em várias regiões do cerrado.

O pequi ou pequizeiro é uma árvore típica do cerrado brasileiro. Seu tronco apresenta casca cinzenta, da qual se extrai corantes amarelos, utilizados pelos artesãos locais. As folhas são compostas, divididas em três grandes folíolos verdes, de bordos irregulares, com o lado inferior mais claro e com a superfície recoberta por uma densa pilosidade.

As flores de cor branco-creme são muito decorativas e chamam a atenção pelos numerosos e longos estames. A floração ocorre no final do inverno e primavera.Os frutos do pequizeiro surgem no final da primavera e no verão, são do tipo drupa e seus caroços envolvidos por uma polpa carnosa são muito apreciados na culinária e conhecidos pelos perigosos espinhos. Os caroços podem ser consumidos em natura e em pratos cozidos de arroz, feijão, carnes, assim como conservas, doces, licores e vitaminas.

As castanhas, presentes no interior dos caroços também podem ser saboreados. A madeira do pequizeiro é de ótima qualidade, e pode ser utilizada na construção civil, naval, indústria moveleira, e na xilogravura. No paisagismo o pequizeiro é adequado tanto para grandes parques como para pequenos jardins residencias, pois seu porte não é muito avantajado, alcançando de 6 a 10 m de altura e seu crescimento é lento. Do plantio a frutificação vão de quatro a oito anos.

Devem ser cultivados sob sol pleno, em solo fértil e enriquecido com matéria orgânica, com largo espaçamento, em covas bem preparadas e com regas regulares no primeiro ano. Multiplica-se por sementes que podem demorar cerca de 8 meses do plantio até a germinação, a armazenagem e a quebra de dormência ainda é contraditória e pode inviabilizar as sementes.

Por falar em pequi, aqui vai uma dica para os amantes desse fruto. Indico o risoto de pequi com costela desfiada servido no restaurante Trattoria La Dolce Vita, em Diamantina. Simplesmente, imperdível.

Fonte: Jardineiro.net

Foto: Meire Meire, no flickr

3 comentários:

  1. Ficou muito bacana o post sobre esse fruto, base dea alimentação de grande parte da população de algumas regiões do Cerrado.
    Gosto muito de pratos com o pequí, e vou experimentar sua sugestão quando retornar a Diamantina.
    Como sempre, valorizando nossa cultura e "nossas coisas"!

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  2. Fernando, existe uma preocupação do pessoal que gosta de pequi, é que o governo está querendo utilizar o pequi para fabricar biocombustível, a meu ver, será uma destruição do cerrado, para atender à vaidade de D.Pedro III.

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  3. Comentando o comentário do Assis, penso que não há tanto perigo na destruição do Cerrado, pois o Pequí está protegido por lei federal, e observo, por minhas andanças, que há um bom nível de compreensão e aceitação popular dessa iniciativa. Penso que haveria um aumento das áreas de plantação e não a sua destruição, o que de certa forma, garantiria a existencia dessa espécie. O que vem dizimande o Bioma Cerrado são o agronegócio de exportação (soja, gado, etc), sem controle.

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