quarta-feira, 24 de março de 2010

Celebrações temperadas por polêmica

Fonte: UAI

Fechadas à visitação durante a quaresma, as igrejas de Diamantina, a 292 quilômetros de Belo Horizonte, no Vale do Jequitinhonha, podem cerrar as portas para os turistas também durante a semana santa. Por motivos de segurança, os templos históricos se mantêm abertos apenas para as missas e cultos regulares, depois de várias tentativas de assalto. De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio, a prefeitura ofereceu a guarda municipal para cuidar da segurança dos templos no período em que a quantidade de turistas aumenta. Mas a igreja decide esta semana se abre ou não as portas aos visitantes (até o fechamento desta edição não havia definição sobre o assunto).

Os templos religiosos do século 18 concentram as celebrações e servem de pano de fundo para as encenações e apresentações artísticas a céu aberto que transformam a cidade em cenário bíblico durante o feriado. A guarda romana já é ícone de Diamantina, junto a figuras como o presidente Juscelino Kubitscheck e a ex-escrava Chica da Silva (para não citar o carnaval e a Bartucada). Ponto alto das celebrações da semana santa, o desfile de gente comum em trajes de época enche os olhos dos turistas – e os cartões de memória das câmeras digitais.

Para este ano, a cidade promete mais atenção a tradições seculares: “A montagem dos tapetes de serragem, por exemplo, será antecipada: em vez de começar às 5h da manhã do domingo, já vai começar à meia noite do sábado, para que os turistas possam participar e a confecção ser preparada com mais calma”, detalha Cristiano Ribeiro, coordenador de produção cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Patrimônio.

Sucesso quando estreou no ano passado, a Cantata de Páscoa, que reúne Orquestra Sinfônica de jovens de Diamantina e o Coral do Conservatório, será, este ano, incorporada ao calendário religioso oficial – a apresentação é já no Domingo de Ramos (28/03), diante da Igreja Matriz, a Catedral de Santo Antônio. “É um espetáculo muito bonito, que conta a vida do Cristo, com canções. Quem já viu, não esquece”, recomenda o Padre Darlan Lima.

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