sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Leia nesta semana na Voz de Diamantina

Capa (36)

Nesta semana, a Voz de Diamantina cede o espaço costumeiro de seu editorial, que passa a ocupar a página seguinte, para pôr em relevo a desleal armação com que o jornal Centro de Minas, editado em nossa pujante e progressista coirmã Curvelo, tenta usurpar o Curso de Medicina de Diamantina, uma das grandes conquistas dos vales do Jequitinhonha e Mucuri. Para dar alguma veracidade a tão disparatado devaneio, assim ele adverte seus leitores: “Não, não é piada. É sério, muito sério. Tão sério que pode mexer com os brios de outra cidade, a nossa irmã do ouro velho, Diamantina”.

De fato, em toda a sua longa história, este velho e respeitável burgo só foi alvo de ameaça tão direta, clara e perversa durante os longos e truculentos anos de chumbo, quando os militares a depenaram de vários e importantes órgãos governamentais em torpe retaliação ao carisma de seu filho maior, um dos fortes empecilhos à continuidade da ditadura. O título do oportunista texto “É hora de Recuperar o Tempo Perdido” guardaria algum sentido se aplicado a Diamantina que, mesmo espoliada dos tempos coloniais ao golpe de 1964, manteve-se altaneira, bela e poética, graças às benesses que a natureza lhe concedeu. Sem terras férteis, planas e bem servidas de chuvas, como as de Curvelo, a saga do garimpeiro salvou Diamantina da derrocada econômica e ainda a brindou com o gosto pela cultura, pela música, pelo conhecimento. Homem de visão, bem antes de findarem os diamantes, Juscelino plantou no solo pedregoso de sua terra natal a semente da Faod que, transformada por ele em Fafeod, resultou na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 643, 07 de dezembro de 2013

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