sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Um páis cada vez mais distante dos valores éticos

Não assisti a nenhum dos debates e a nenhuma das propagandas políticas gratuitas (e obrigatórias) nos dois turnos das eleições que, finalmente, tiveram seu melancólico encerramento no dia 26 de outubro. Revoltado pelo descaramento de Lula que, num dia desses, disse estar de saco cheio das denúncias de corrupção na Petrobras, este já velho e decrépito escrevinhador também se cansou de ver, ouvir e se escandalizar com o grau de rebaixamento moral a que chegou esta outrora respeitável e promissora Terra de Santa Cruz.

Só que não se chega a esta idade provecta impunemente. Pelo menos no Brasil. Como aceitar, por exemplo, que exista a propaganda eleitoral gratuita obrigatória? Sabendo que ela custa ao Erário perto de um bilhão de reais de renúncia fiscal? E cuja obrigatoriedade leva grande parte dos brasileiros a desligar rádios ou sintonizar TVs em canais livres de tão depreciativa e rasteira programação? Mesmo quem tem paciência ou não dispõe de recursos para fugir de tão degradadas exposições, como entender a desproporção do tempo destinado a cada partido? E como se ousou produzir leis absolutamente conflitantes com a liberdade de cada um escutar ou ver o que bem deseja?

E a mentirada, meu Deus! As calúnias! As infâmias? Com que desfaçatez a candidata à reeleição desmereceu a simples permanência em seu alto cargo, ao pregar a moralidade, a guerra à impunidade e o múnus de uma estadista, quando passou os últimos meses acuada na torpe missão de adiar, pressionar e destruir a CPI da Petrobras, pela gravíssima razão de que seu nome, sua fraca atuação no conselho da gigantesca e mal gerida estatal e sua posterior leniência na apuração de crimes e na limpeza de seus contaminados quadros comprometiam sua já enfraquecida e maculada biografia.

Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 690, de 1º de novembro de 2014

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