sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Voz de Diamantina: ainda sobre o amadorismo institucional diamantinense

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Que dificuldade tenho tido para descartar um assunto que se vai institucionalizando neste velho e, às vezes, anacrônico burgo. Refiro-me à primariedade com que o turismo vem sendo tratado em Diamantina. Principalmente em seu dessincronizado e, às vezes, mutante calendário de eventos. Em editorial recente, comentei sobre o Seminário do Cedeplar que desde 1982 é aqui sediado. Durante sua 16ª edição, Diamantina perdeu um congresso com 1000 inscritos por falta de diálogo com gestores de eventos e entidades ligadas ao turismo. Seus frustrados participantes só descobriram que ele não aconteceria aqui quando tentaram fazer reservas nos hotéis. Que já não tinham vagas.

A estrutura hoteleira e gastronômica de Diamantina só comporta um evento médio em cada fim de semana. Como todo mundo sabe, a vesperata é um deles. Hotéis, pousadas, pensões, repúblicas e casas de família é que tornam possível sua realização. Mas, e se, diferentemente dos 1000 congressistas que partiram para outras bandas, algum outro evento ocorrer simultaneamente com uma vesperata, haverá algum mal nesse acúmulo? Para a Secretaria de Cultura, Turismo e Patrimônio - nada de mais! Tanto assim que ela não só apoiou o 14º Encontro Nacional de Motociclistas de Diamantina para o fim de semana de uma das últimas vesperatas do ano, sabidamente mais concorridas, como ainda permitiu que atrás de suas barracas de adereços para motociclistas, bugigangas e tira-gostos, erguidas na Praça do Mercado, se lavassem pratos e vasilhas, se derramassem panelas de óleo em bueiros, se tomasse banho de mangueira e se montassem barracas, numa degradação que só não viu quem não quis ou achou aquilo bonito e muito natural.

Início do editorial da Voz de Diamantina - Edição 687, de 11 de outubro de 2014

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