terça-feira, 9 de junho de 2015

Cemitério do Peixe: comunidade de nove habitantes é invadida por artistas do Brasil e do mundo

Fonte: Jornal Estado de Minas

Dona Lotinha, que só prendia suas galinhas e seus oito cães duas vezes por ano, em setembro, para a festa de São Miguel Arcanjo, e em novembro, para o Jubileu de São Miguel Arcanjo e Almas, precisou colocar toda a bicharada na tranca. É que o lugarejo onde ela mora, Cemitério do Peixe, no município de Conceição do Mato Dentro, no Alto Jequitinhonha, de um dia para outro aumentou sua população de nove habitantes para mais de 30. E sabe lá quantas dezenas mais de visitantes deverão aparecer a partir de hoje.


É que o lugarejo, que parecia deserto, vai abrigar a Ocupação Cemitério do Peixe: Morte e magia nas artes visuais, evento que, de hoje a domingo, reúne vários artistas do Brasil e do mundo. Além da exposição de obras de arte, o grupo vai investigar e estimular reflexões sobre a relação da magia e morte nas artes.


São cerca de 200 casinhas de adobe e pau a pique em Cemitério do Peixe, distante 60 quilômetros de Diamantina, mas apenas três delas são ocupadas por moradores durante todo o ano. Na casa de Carlota de Oliveira Brandão, a Dona Lotinha, de 63 anos, moram ela e dois filhos. Mais adiante, outra família com cinco pessoas. Perto do cemitério, que deu nome ao lugarejo, no século 19, mora um primo da dona de casa.


Dona Lotinha é uma espécie de “prefeita” do lugar, a sentinela da tradição, e não gosta nem um pouco de quando chamam o lugar de arraial fantasma. “Não estou morta. Eu e meus filhos estamos muito vivos”, responde. São tantas histórias para explicar o surgimento de Cemitério do Peixe que Dona Lotinha prefere não bancar nenhuma delas. Mas que tudo começou com os seus antepassados, isso ela diz ter certeza.
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